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TEMPERATURA IDEAL PARA PRÁTICA DE ATIVIDADES AQUÁTICAS

TEMPERATURA IDEAL PARA PRÁTICA DE ATIVIDADES AQUÁTICAS



A Academia Atlantis, com 41 anos de atividade, já tem experiência suficiente para tratar sobre o assunto de qual a temperatura ideal para manter as piscinas, visando proporcionar aos alunos uma atividade saudável, seja ela: Natação, Hidroginástica, Aulas para Bebes e até os Treinamentos de Atletas. Assim, adotamos manter nossas piscinas nas temperaturas:

 

Piscina Semi- Olímpica:                          27º Celsius

Piscina para iniciação e hidroginástica:         30º Celsius;

Piscina para Bebês:                                        32º Celsius


 

Podendo a temperatura destas piscinas variar 1º para mais ou para menos.

 

Buscando esclarecer melhor este assunto, vamos abordar alguns aspectos importantes, lembramos que sempre haverá uma sensação de frio ao entrarmos em uma piscina, a temperatura do corpo em média é de 36,5º Celsius, e quando entramos em uma piscina com a temperatura entre 27º à 32º há diferença de temperatura e o corpo sentirá esta alteração.

 

Lembramos que quando estamos no meio atmosférico 30º é uma temperatura muitas vezes até quente demais, mas quando estes mesmos 30º de temperatura é na piscina, dá uma sensação de frio, sensação está em razão da densidade da água ser muito maior do que a atmosférica, roubando calor de nosso corpo numa intensidade 25 vezes maior, por isso sentimos frio.

 

Constantemente nos deparamos com o dilema sobre a temperatura das piscinas, alguns alunos reclamam que a temperatura está fria, enquanto outros reclamam da temperatura que está muito quente.

 

Para melhor esclarecimento publicamos matéria sobre o assunto, do Portal da Educação Física, da Escola de Educação Física da USP, que trata deste assunto com propriedade, publicado em 28 de março de 2012.

 

“Temperatura da água e atividade física

 

Aqui está outro tema muito controverso em Natação, ou em qualquer esporte ou atividade física aquática. De um lado atletas, alunos e praticantes gostam e pedem a água sempre mais quentinha. De outro lado, profissionais e empresários que deixando a temperatura sempre um pouco mais baixa, seja por razões fisiológicas, seja por razões econômicas. No meio disso, médicos e fisiologistas tentando fundamentar esta ou aquela posição.

 

Algumas das turmas mais problemáticas com que convivi como Gerente Operacional eram as das senhorinhas da hidroginástica. Estas adoráveis tiranas (várias delas minhas amigas e algumas até fãs) brigavam bastante comigo, pedindo água de 32º C a toda hora. Por conta disso, mantive contatos com médicos meus colegas aqui da EEFEUSP  e todos eram unânimes em me dizer para resistir ao assédio delas, pois há pelo menos dois problemas muito comuns que podem ser potencializados pela água muito quente: a pressão baixa, que pode levar a tonturas e até desmaios na hora de sair da água, e as varizes, cujas dilatações podem se agravar.

 

Bem não tenho uma palavra pretensiosa definitiva sobre o assunto. Mas ao longo dos anos pude desenvolver uma classificação que tenta conciliar todos estes aspectos de forma bastante prática e exequível, seja em academias (onde militei muitos anos) seja nos clubes e mesmo em águas abertas. Reitero que a concordância com esta classificação não elimina conflitos, principalmente se a academia ou clube dispuser de apenas uma piscina de uso comercial para acolher todos os clientes e tipos de trabalhos, mas ajuda a organizar um pouco as coisas. Se houver mais de uma piscina disponível, o ideal é que a maior fique com temperatura mais baixa e receba um trabalho mais intenso, enquanto que a(s) menor(es) fique(m) com a temperatura mais altas e acolha(m) os idosos e bebês.

 

Gostaria, portanto de compartilhar estas ideias com aqueles que estão chegando ou que estão a pouco tempo no mundo das piscinas.

 

Distingo claramente cinco faixas de temperaturas de água em relação às atividades físicas. Nestas faixas, a utilização dos limites inferiores vai depender sobretudo da temperatura ambiente, ou seja, nos dias mais quente use o limite inferior, e no dia mais frio, fique com o limite superior.

 

1ª Faixa – até 15,5º C (que denomino faixa URSO POLAR): nestas temperaturas são possíveis apenas atividades físicas mais que radicais, extremas (travessia de lagos no Canadá, mergulhos no gelo para documentários, ec.), e sempre com uso de roupas de isolantes de borracha (Neoprene) tipo Longjorhn: pernas e mangas longas e espessura 5/3 (5 mm no peito e 3 mm nas magas). Mesmo assim, os riscos de hipotermias são bastante altos e recomenda-se monitoramento médico severo. Com temperatura abaixo de 15º C, o uso de roupa de borracha é obrigatório em todas as categorias no Troféu Brasil de Triathlon (Cap.II,item7).

 

2ª Faixa – de 16º a 24º C (chamo de faixa RADICAL): nesta faixa a FINA já permite oficialmente provas deitas de Água Abertas (Regra OWS 5.5) e esportes radicais como o surf, windsurk, katesurk, bodybording e mergulho são plenamente possíveis, desde que praticados com as roupas de borracha adequadas. A orientação é a seguinte: shortjhon de mangas e bainhas  curtas, com espessura de 2 mm de Neoprene apropriado para águas mais quentes, como 20º C. Springsuit: espessura de 3/2 mm de Neoprene (o primeiro número é a espessura do peito, e o segundo das mangas) e é apropriado para águas com temperaturas entre 18º-23º C, podendo ter mangas e bainhas curtas ou longas. Longjhon ( mangas e bainhas longas) se a temperatura da água é de 18º C ou menos, com espessuras de 4/3 e 5/3.

 

No regulamento do Troféus Brasil de Triathlon, o uso de roupa de borracha para atletas amadores e elite amador a partir de 25 anos é liberado, independentemente da temperatura da água. Para os atletas profissionais e elite amador de 15 a 24 anos só é liberado o uso de roupa de borracha quando a temperatura da água estiver 21º C ou abaixo. (Cap.II itens 5 e 6).

 

3ª Faixa – de 25º C a 28º C (faixa ATLETA): esta é a banda de variação que, segundo a regra FR 2.11 da FINA, as piscinas oficiais devem apresentar em suas águas. Nestas condições são possíveis competições oficiais de Natação, Saltos Ornamentais, Pólo Aquático e Nado Sincronizado, assim como treinamentos avançados destes desportos aquáticos. Aulas somente para alunos adolescentes ou adultos jovens, e mesmo assim em turmas de aprendizado avançado ou aperfeiçoamento. A Hidroginástica também somente é recomendável para turmas mais jovens e avançadas, cujos instrutores consigam imprimir um ritmo mais forte de aula. Deficientes só se for para atletas competitivos; grávidas só se for o caso de ex-altelas, e mesmo assim, preferencialmente em dias mais quentes.

 

4ª Faixa – de 29º C a 30º C (faixa ALUNO): é a faixa ouro de toda academia ou curso de Natação em geral. Nesta faixa se encaixarão 95% de todas as atividades aquáticas de uma piscina comercial, ou seja, todo o aprendizado da Natação em todos os níveis e idades acima de 2 anos, toda a hidroginástica, incluindo as gravidas (elas vão reclamar, mas o jeito é aguentar), atividades alternativas como cursos de surf e mergulho, e mesmo outras ocasionais como hidro axé, hidro circuito, etc. Mesmo se academia desenvolver turma especiais para deficiente físicos, eles poderão usufruir bem destas temperaturas desde que tenham preservada boa mobilidade corporal para as aulas.

 

5ª Faixa – de 31º C à 32º C (faixa BEBÊS): também conhecida carinhosamente como sopa de aluno, esta faixa de temperaturas mais altas ficam reservadas para: bebês de até 2 anos (também conhecidos como Bebês I), hidroterapia, quando houver e para deficientes físicos mais comprometidos em termos de movimentação espontânea. Lembro que, nestas condições térmicas, o tratamento químico deve ser bastante rigoroso, com aferições três vezes ao dia de cloro e pH e acompanhamento profissional devidamente habilitado”.
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